3 Figurações
Artistas Expositores:
TALES SABARÁ
LEANDRO FIGUEIREDO
PAULO NAZARETH
CASARÃO EM SETE LAGOAS
6 A 29 DE NOVEMBRO/2008
A arte permanece muda se não a fizermos circular por meio de palavras a outros quadrantes. O que vemos na exposição 3 FIGURAÇÕES, são três processos que embora diferenciados se complementam a um certo ponto de vista. Uma geração de produtos sensíveis ao inconsciente e aptos a desvendar um mistério. Os três artistas expositores recorrem ao sensível apelo do objeto para exteriorizarem seus sentimentos. No conjunto as obras se fundem, para no particular elas clamarem pelo originante.
Na obra de Paulo Nazareth os elementos naturais não são representações ou aparência da natureza, mas expressões da própria natureza. Essa natureza adquire consistência à medida que ela confere identidade a esses elementos. Em sua obra , a unidade se manifesta na diversidade e complementariedade. São performances estéticas que necessitamos recorrer a uma instrumentação categorial bem distinta para que seu fenômeno artístico ocorra dentro do ponderável.
Enquanto isso na conduta idiossincrásica de Leandro Figueiredo assistimos sua luta travada no sentido em dar consistência ao meio. Seu temperamento individual o faz reagir de maneira muito pessoal à ação dos agentes externos. Seu trabalho evoca um novo homem renascentista transnatural que requer compreensão à sua manifestação racional do latente . Assim a natureza da sua arte é a expressão da relação entre o sagrado e o profano, entre o divino e o humano, entre origem e originado.
Tales Sabará, em seu âmago, faz surgir espectros de um expressionismo atômico que nos assombram como todo bom expressionista sabe fazer. São recursos visuais obtidos por treliças provocadas por monotipias, cruzamentos de linhas feitas a lápis e tinta nanquim. Quer se questione serem as coisas físicas ou espirituais, materiais ou idéias, não hesito em afirmar que as coisas existem e que os desenhos do Sabará simplesmente nos incomodam pela radiografia sincera e honesta que esse artista faz da transição de signos não subordinados – aparentemente – a nenhum objetivo exterior. E qual ser humano quer dialogar com a verdade e perder argumentos para esta?
Demétrius Cotta
Coletivo Tático Cultural www.redeaan.blogspot.com
Sete Lagoas – MG RAAN
sexta-feira, 31 de outubro de 2008
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário