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sexta-feira, 5 de novembro de 2010

LITERATA EM SETE LAGOAS/ Casarão

LITERATA APRESENTA: GUIMARÃES ROSA
 
   
·         O imortal escritor mineiro João Guimarães Rosa é o grande homenageado da 1ª Festa Literária de Sete Lagoas


Uma festa literária que se preze precisa contar com a influência de um grande escritor. Sendo assim, a Literata, 1ª Festa Literária de Sete Lagoas, que pretende ser inserida no calendário anual da cidade, começa em grande estilo: homenageando o imortal Guimarães Rosa. A literatura do escritor mineiro norteará os quatro dias do evento (17 a 20/11), que conta com a chancela da Iveco e patrocínio da Petronas.

A obra roseana tem como norte o vasto sertão mineiro. “O sertão é do tamanho do mundo, o sertão é dentro da gente”, profetizou o ilustre escritor. E é justamente por causa da universalidade dos escritos de Guimarães Rosa que se baseia a escolha de homenageá-lo durante a Literata, primeiro evento do gênero sediado em Sete Lagoas, com curadoria nacional do jornalista e escritor Jorge Fernando dos Santos e curadoria local do professor Sérgio Antônio, da UNIFEMM, numa realização da Via Comunicação e da Quarteto Filmes.

“A Literata tem como proposta a ampliação dos debates para que todos possam participar e compreender a obra de Guimarães Rosa, como também entender o nosso quintal e o planeta em que vivemos a partir das histórias e dos personagens do homenageado”, esclarece o jornalista e escritor Jorge Fernando dos Santos, curador nacional do evento.

Durante quatro dias da Literata, representantes da literatura brasileira vão discutir não somente a obra de Guimarães Rosa e sua influência na música, no cinema, no teatro e em outras manifestações artísticas, mas também a produção brasileira atual - a poesia, a prosa e a narrativa. A programação conta com mesas redondas, feira de livros, exposições, atividades literárias para crianças, jovens e idosos, além de oficinas de contação de histórias.

A realização da Literata faz parte do objetivo da Iveco de investir no desenvolvimento sustentável da comunidade setelagoana. “Realizamos diversas ações ao longo do ano voltadas para conhecimento em meio ambiente, educação e socialização. A Literata chega para completar essa gama de atividades que visam também a inclusão e o crescimento cultural dos moradores”, afirma Júnea Sá Fortes, coordenadora do Próximo Passo, o programa de sustentabilidade da Iveco.

O homenageado
João Guimarães Rosa nasceu em Cordisburgo, região Central de Minas, em 27 de junho de 1908. Era o mais velho de seis filhos. Autodidata, começou ainda criança a estudar diversos idiomas, iniciando pelo francês. Mudou-se para a capital, onde morou com os avós e concluiu o curso primário. Chegou a viver durante um curto período em um internato na cidade de São João del-Rey, mas voltou a Belo Horizonte onde se graduou em medicina pela Universidade Federal de Minas Gerais.

Como médico, Guimarães Rosa integrou a Força Pública na década de 30 e foi oficial do 9º Batalhão de Infantaria de Barbacena. Em 1934, decidiu abandonar o serviço militar e ingressou no Itamaraty. Em sua carreira diplomática morou na Alemanha, Colômbia e França. Na década de 50, de volta ao Brasil, foi nomeado ministro de primeira classe, cargo correspondente a embaixador.

Concomitante às suas atividades profissionais, Guimarães Rosa nunca deixou de escrever. Sua estreia literária ocorreu em 1929, quando a revista O Cruzeiro publicou alguns de seus contos, vencedores de concurso literário da publicação. Em 1936, ganhou um prêmio da Academia Brasileira de Letras com a coleção de versos Magma – obra que só foi publicada após sua morte.

Seu primeiro livro de contos, Sagarana, foi publicado em 1946, cujas histórias começaram a ser escritas quando o escritor tinha apenas 10 anos de idade. Dez anos depois foi lançado Corpo de Baile, reunião de novelas que posteriormente foram separadas em três volumes: Manuelzão e Miguilim, No Urubuquaquá, no Pinhém e Noites do Sertão.

O livro mais consagrado do escritor é, sem dúvida, Grande Sertão: Veredas – seu único romance. Ele foi publicado em maio de 1956. A trama, ambientada no sertão mineiro, explora o mito do confronto entre o homem e o diabo na Terra.  O texto explora a riqueza da linguagem oral, resgatando termos arcaicos, reproduzindo a fala do sertanejo e criando novas palavras.

Guimarães Rosa era um homem extremamente místico, atento às grandes questões humanas. As crenças politeístas, o paradoxo entre o céu e o inferno e o apego à terra sondavam sempre suas ideias. Todos os personagens, com sua linguagem poética que chega à musicalidade, vão invadir a Casa de Cultura Nhô-Quim Drummond, um casarão tombado pelo patrimônio histórico em Sete Lagoas entre os dias 17 e 20 de novembro.



Mais informações:


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